domingo, 12 de dezembro de 2010

"A POLÍCIA POTIGUAR EVOLUIU", DIZ COMANDANTE DA PMRN


Oito meses depois de assumir o Comando Geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, o coronel Francisco Canindé de Araújo Silva disse que conseguiu atingir a maioria das metas que estabeleceu antes da posse. Entre elas está a Ronda Escolar. Nesse período, expulsou 32 policiais infratores e conseguiu diminuir os homicídios no Estado. Modesto, coronel Araújo prefere não falar sobre o movimento que pede a sua permanência no Comando Geral da PM, mas também não esconde que, se convidado, aceitará. Nessa entrevista, ele também fala sobre a Copa de 2014, orçamento, efetivo e os desafios que tem a cumprir até o final do mandato.

Confira a entrevista.

Em abril, quando assumiu o comando geral da PM, o senhor elencou algumas metas, como a implantação da Ronda Escolar, divisão do Comando de Policiamento do Interior, o enxugamento de funções administrativas, entre outras. O que conseguiu executar?
Nós já conseguimos implementar a Ronda Escolar, que está funcionando em pleno êxito, atendendo a comunidade estudantil, as escolas públicas e privadas da capital, Região Metropolitana e algumas cidades do interior. A meta foi atingida. Nós colocamos um efetivo à disposição da Companhia de Prevenção ao Uso de Drogas [Cipred]. Esses policiais tiveram uma qualificação especial para o trato com a criança e o adolescente e ficaram habilitados para atendê-los.

E quais os resultados apresentados pela Ronda Escolar?

Reduzimos aquelas brigas de torcidas, confusões que tinham em frente às escolas. Conseguimos controlar o consumo e a venda de bebidas alcoólicas naquelas cigarreiras em frente às escolas. Também fizemos a prisão de delinquentes que vendiam drogas nas proximidades dos colégios, inclusive algumas bocas de fumo foram desativadas e as pessoas presas. Fizemos apreensões de armas de fogo com alguns estudantes. Foi um programa instituído e que deu certo. Agora queremos ampliar.

Como funciona a Ronda Escolar?

Temos 20 viaturas que fazem o patrulhamento no horário escolar. São dois policiais por viatura, os quais interagem com os diretores, estudantes, os pais dos alunos. Mas eu posso dizer que o mais importante é a participação de todos. É a família, a comunidade, a Igreja, o juizado de menores, o Ministério Público. Muitas vezes o pai tem que cuidar do filho, se ele está assistindo à aula, se está levando arma dentro da bolsa, conduzindo drogas. Tudo isso contribui e a polícia é mais um agente para fazer com que a criança não se desvie do caminho. Chamamos esse trabalho da prevenção primária do delito, é onde a polícia se antecipa. Não é uma polícia repressiva e sim educacional que visa conscientizar o jovem, que ele não pode brigar em frente à escola e nem consumir drogas.

E tem previsão de ampliação do programa?

A nossa expectativa é que seja ampliado, que nós possamos ter mais efetivo na ronda escolar e também a quantidade de viaturas para atender a demanda das escolas. Os diretores de escolas e pais sempre para ampliar. Da mesma forma o Proerd [Programa Educacional de Resistência às Drogas]. Quando nós assumimos o Comando, o efetivo era de 60 homens. Da mesma forma as viaturas, eram apenas duas e nós entregamos 20 veículos e 12 motocicletas, todos novos. Tudo isso está diretamente ligado ao Proerd e a Cipred.

Com relação à divisão do Comando de Policiamento do Interior, o que foi feito?

Nós fizemos a divisão do Estado em três comandos operacionais. Conseguimos um Comando Regional, que foi em Mossoró. Mas não conseguimos o do Seridó – em Caicó – e do Trairi – Santa Cruz.


Por que não foi possível ativar os dois Comandos?
Porque nós não temos cargos de coronel para ocupar. Foi encaminhado para Assembleia Legislativa ontem [quarta-feira -09.12], uma lei complementar criando dois cargos de coronel, justamente para que quando promovidos, esses homens ocupem as duas funções que estão vagas. A esperança é que a Assembleia aprove na semana que vem.

Quais os Batalhões ou as Companhias que tiveram as maiores mudanças?

O Batalhão de Choque. Nós criamos esse Batalhão que faz o Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO) na área bancária e comercial, nos principais corredores de Natal. É tanto que depois que foi implementado, não tivemos mais assaltos em horário comercial às casas lotéricas e aos bancos.

Há alguns meses houve uma polêmica, pois comerciantes de bairros como o Tirol, queriam mais policiais na área devido ao elevado número de assaltos. Foi tirado policial de alguma área da cidade para beneficiar outra?

Em hipótese alguma. Pelo contrário, os policiais foram remanejados para melhorar e melhorou.

Esse remanejamento foi feito com o pessoal que estava à disposição de outros órgãos?
Também! E de algumas funções dentro do quartel que foram “enxugada”. Como na garagem, no rancho. Em todos os setores possíveis.


Quais os resultados observados, na prática, com esse remanejamento?

Uma maior ostensividade da polícia nas ruas. A polícia está sendo mais vista, tanto de viatura, como em operações. Nós aumentamos consideravelmente a quantidade de apreensão de armas, de drogas, captura de fugitivos e reduzimos a quantidade de homicídios praticados no Estado.

O senhor também se comprometeu em punir os maus policias. Isso foi feito?

Fizemos na íntegra. Nós demos medalhas a muitos policiais, inclusive àqueles que prenderam o bandido que matou o jornalista F. Gomes. Eu condecorei os seis policiais com medalha, dei diploma de reconhecimento. Mandamos vários policiais para fazer cursos na Força Nacional e expulsei 32 policias. Todos eles acusados de desvio de conduta, envolvidos com homicídio, tráfico de drogas, extorsão. Todos condenados pela justiça. E até hoje, dos que eu expulsei, nenhum voltou. A justiça não voltou atrás. Todos foram licenciados com o devido processo legal, direito da ampla defesa e do contraditório.


Como “podar” os policiais, principalmente aqueles envolvidos com grupos de extermínios?
Cabe à polícia de investigação, que é a Civil, apresentar os acusados e a gente faz o licenciamento. Todos os casos investigados e que chegaram ao nosso conhecimento, nós julgamos condenando.


O senhor acredita que se houvesse uma maior valorização salarial dos PMs, diminuiriam os desvios de conduta ?

Muitas vezes é da índole do homem. Ele pode ter um salário alto. No Brasil temos exemplo de pessoas que recebem altos salários, mas possuem desvios de conduta, que fazem falcatruas. Claro que o salário é muito importante, mas o caráter, a formação, a qualificação profissional, tudo é um conjunto que completa o homem e a mulher que usam a farda da polícia.


Desde que o senhor assumiu o comando, houve algum aumento do efetivo policial?
Não. Nós apenas ajustamos os locais, designamos comandantes para as novas unidades criadas, pessoas que a nosso ver tinham o perfil de fazer uma gestão com resultados. Nós colocamos para comandar não os mais antigos ou mais velhos e sim os que tinham melhor perfil, quem estava mais preparado. E cobramos resultados.

Mais policiais nas ruas implica em mais segurança?
Não necessariamente. Tem que existir um número de policial, mas eles precisam ser colocados em dias, horários e locais necessários com o uso do geoprocessamento e georeferenciamento, que é o policiamento inteligente. Colocar a polícia no local que precisa de polícia, onde a demanda exige. É tanto que trabalha com maior disposição, tem uma folga maior, produz mais e atende melhor a sociedade porque é empregado naquele horário.

Qual o efetivo da PM hoje?
Hoje nós temos previstos na Polícia Militar 10.200 policiais em serviço ativo, distribuídos em escalas de 12 horas de trabalho e folga de 24 horas ou 12 por 48 horas. E outras escalas de guarda de presídios, de Ceduc, delegacias, nas detenções provisórias.

Quantos desses policiais estão nas ruas?
A maioria. Existe um número que não está na rua porque estão em outras atividades. Quem está dando guarda no presídio de Alcaçuz não entra na ronda, mas é essencial. E existem aqueles policiais que ficam à disposição de outros órgãos.


O senhor acha que esse efetivo é suficiente? Qual seria o efetivo ideal?

Hoje o ideal para a demanda de serviço do estado do RN seriam 15 mil policiais entre homens e mulheres. Esse número atenderia os cerca de três milhões de habitantes do RN e a população flutuante em período de festas, Operação Verão.


Quais seriam, hoje, as áreas onde a PM tem mais dificuldade para atuar?

Não há áreas de dificuldade de atuar porque o RN é um Estado da federação, onde não há espaço proibido para a polícia entrar. A polícia entra em todo o território do Estado, ocupa e garante a paz pública naquele local. Agora existem comunidades que são mais desamparadas pelo poder público. Não vou citar os locais, mas existem comunidades que não possuem iluminação, saneamento, calçamento, quadra de esporte para ocupar os jovens, escola. Todos esses fatores terminam na polícia.


Então o senhor acha que a segurança está ligada apenas à polícia?

Segurança não é uma coisa exclusiva da polícia. É também da polícia. Existem as políticas públicas de segurança que inclui tudo: educação, cultura, saneamento básico. A polícia é a etapa final da ocupação de um território. É o final da cadeia.


Como o senhor avalia o fato das pessoas estarem, cada vez mais, recorrendo à segurança privada?
Em todos os países do mundo existe a segurança privada e há um crescimento da segurança patrimonial. A polícia ostensiva, que não é só a militar, tem também a civil, federal, todos são segurança pública. Essa polícia faz a segurança do cidadão, para atender a coletividade. E existem as empresas de segurança privada que tem o papel dentro do sistema. Porque segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos.


O senhor considera que a polícia está mais moderna?
Está mais moderna, mais preparada e qualificada. A polícia evoluiu. Tanto os oficiais, como as praças porque a maioria hoje é portadora de diploma de terceiro grau.

E depois que o policial entra na corporação existe mais qualificação?
Há o curso de formação e os cursos periódicos como os de direitos humanos, tiros, proteção da vida, abordagem. Existem muitas qualificações profissionais. Hoje nós temos equipamentos modernos e tecnologias, mas não o suficiente para atender todos os policiais.

Está em discussão a realização da Copa do Mundo em Natal. Quais as prioridades para dotar a polícia ostensiva e preventiva ?
No tocante à PM, nós temos mais de 800 homens que participaram da instrução de nivelamento na Força Nacional de Segurança Pública, que atuaram nos Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro. E nós temos um bom número de policias que participaram de cursos em outros Estados e até fora do Brasil.

Mas tem algum projeto específico para capacitar mais policiais para atuarem na Copa de 2014?
Nós enviamos projetos para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, que já garantiu que vai aumentar, no próximo ano, a quantidade cursos feitos no RN e em outros estados.


E quem vai arcar com esses custos? Existe um orçamento específico?
Os governos federal e estadual. Existe um orçamento a nível federal de curso que inclui passagem de avião, alimentação, pagamento de hora aula para os professores. Os valores são variáveis, de acordo com os projetos apresentados e vem do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania.

E sobre o orçamento da PM para o próximo ano. Ele já foi aprovado? De quanto será?
Fizemos a proposição, a Secretaria de Planejamento faz os ajustes e o governo encaminha para Assembleia. [De acordo com o orçamento enviado pelo Governo do Estado, a Polícia Militar terá recursos de quase R$400 milhões].


Qual o custo da Polícia Militar para o Governo do Estado?
É um custo variável porque temos a folha de pagamento, o custeio mensal (água, luz, telefone, fardamento). O custeio mensal da PM é de R$1,5 milhão mais a folha de pagamento dos ativos e inativos que gira em torno dos R$27 milhões.


Quais os desafios que o senhor ainda não conseguiu vencer?
Completar os Comandos Regionais, criar mais um Batalhão na zona Norte e também em Mossoró e implementar uma unidade da PATAMO na cidade. Além disso, queremos implementar um sistema de monitoramento eletrônico na área comercial da capital e região metropolitana.


Existe um movimento pró- coronel Araújo, para que o senhor permaneça na função no próximo governo. Como o senhor avalia esse movimento?

Eu me reservo ao direito de não falar. É um movimento espontâneo.


FONTE: Tribuna do Norte

domingo, 29 de agosto de 2010

ENTREVISTA DE MARGARIDA BRANDÃO FERNANDES DE ARAÚJO - JORNAL O MOSSOROENSE

Forte e determinada, Margarida Brandão Fernandes de Araújo, natalense, 39 anos, é, acima de tudo, mulher. Com nome de flor, dispensa explicações para o fato de ser sensível, inteligente e cheia de iniciativa. A major Brandão, como é chamada pelos companheiros de farda, impõe respeito. Não apenas pelo traje que compõe uma mera formalidade. Mas pelo que está dentro da farda de Policial Militar (PM): sua alma e seu coração.

Há oito anos, ela, que é casada e mãe de duas filhas, se dedica a um projeto nobre que ajuda a resgatar crianças e jovens do mundo das drogas. Além de coordenadora estadual do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) pela Polícia Militar, consegue ser mãe, esposa, profissional e educadora. Uma profissional admirável que, sem dúvida, honra a farda que veste. Um orgulho para todas as mulheres e um exemplo de mulher.

João Bosco Fernandes e Maria Wilma Brandão Fernandes, seus pais, se orgulham da vida da filha, dedicada à polícia desde o ano de 1990 quando ingressou na corporação. Desde o início Margarida já demonstrava seu espírito inovador, ingressando na primeira turma de Policiais Femininas, denominada Pioneiras Potiguares. Não só orgulhosos, mas presentes, os pais e, sobretudo, a mãe, foi a grande incentivadora do desejo de ingressar na carreira militar.

Ano a ano, por mérito, passou de soldado a major. Bacharela em Segurança Pública, formada em Letras e pós-graduada em Técnica de Ensino, o currículo impressiona e justifica as honrarias. Mas o que poucos sabem é que a policial forte já foi bailarina e pianista e o trabalho no Proerd ajudou a conciliar suas paixões. Outras paixões em sua vida têm nome e sobrenome: o major PM Arthur Emílio Monteiro de Araújo com quem é casada e as duas filhas, Luiza Brandão, 12 anos e Larissa Brandão, 10 anos.

por: Amanda Melo

O Mossoroense - A senhora já foi bailarina, tocou piano. Eram duas paixões na sua vida. O que a fez largar este caminho?

Major Brandão - Consigo em minha profissão realizar as minhas paixões: A música e a dança desde criança através de cursos de músicas e idiomas, desenvolvi habilidades que ajudaram a formar a minha personalidade. Hoje, o Proerd possibilitou o desenvolvimento da minha vocação artística, tanto na música quanto na dança. Além disso, nossos 7 CDs de paródias são utilizados como principal atrativo para os jovens, transmitindo mensagens positivas e inserindo a juventude cada vez mais no programa. E a dança auxilia na elaboração das coreografias e a montagem dos espetáculos das formaturas, tudo pode ser visto e ouvido em nosso site www.proerd.rn.gov.br

OM - A senhora sempre pensou em trabalhar como policial ou foi algo que aconteceu por acaso? Conte um pouco como foi seu ingresso na polícia.

MB - Fui beneficiada pela abertura do espaço para mulheres em um ambiente que era apenas constituído por homens, foi uma grande conquista e um sonho realizado. Além disso, através do incentivo da minha mãe, ingressei na carreira militar. As filhas sentem bastante orgulho da profissão dos pais e sempre acompanham todos os eventos relacionados ao Proerd.

OM - Qual o lado do seu trabalho que lhe dá mais prazer? Você já conheceu alguma parte do Brasil devido a sua atividade?

MB - O meu maior presente profissional e pessoal é fazer parte deste programa e poder contribuir para construção de uma geração mais sadia, justa e feliz, como também , poder colaborar para a segurança cidadã.

Através do programa já conheci e trabalhei em muitos estados do Brasil, inclusive em outros países. O Proerd é desenvolvido em todos os estados do País e em 54 países. Sendo O Rio Grande do Norte referência nacional.

O programa é desenvolvido no Estado em 27 municípios e esta semana o programa foi implantado nos municípios de Mossoró e Areia Branca.

OM - O que mais a deixa encantada no nosso país?

MB - É a força, a garra e especialmente a esperança do povo brasileiro em um Brasil cada vez melhor, justo e com igualdade social.

OM - Trabalhando na área de segurança pública em um país como o nosso, onde a violência tem ganhado proporções alarmantes, qual o seu maior desejo para mudar a sociedade?

MB - Que as políticas públicas sobre drogas de fato sejam vistas como prioridade no nosso País.

OM - Por que e como se interessou pelo Programa de Combate às Drogas? Como é trabalhar com o Proerd?

MB - Pela necessidade do meu trabalho, sentia uma tristeza muito grande quando tinha que resolver ocorrências que envolvia crianças e adolescentes, dependentes químicos e de presenciar o sofrimento das famílias na busca de ajuda. Então em 2002 tive a oportunidade de fazer a minha primeira capacitação na área de prevenção às drogas e à violência. Trabalhar no Proerd é a minha alegria. Cada dia levanto e tenho a certeza que estou contribuindo para um mundo melhor, que estou fazendo a minha parte.

OM - Como coordenadora do programa, qual o sentimento ao ver crianças e jovens ficando mais longe das drogas e da violência?

MB - Sensação de missão cumprida e que ainda posso fazer muito mais.

OM - Quais as suas metas daqui pra frente: para o seu futuro e também o que almeja para o futuro do nosso país?

MB - O que realizo hoje posso considerar um marco profissional na minha vida, não só pelo reconhecimento da sociedade potiguar, mas também por muitas instituições no Brasil que têm o trabalho desenvolvido pelo Proerd do Rio Grande do Norte , como referência

OM - O que a senhora espera da sua profissão em uma perspectiva de futuro para nossa sociedade?

MB - Espero que a qualidade de vida da sociedade brasileira possa continuar avançando e que possamos juntos buscar soluções para os problemas que irão surgir, na tentativa que nossos jovens procurem alternativas mais saudáveis para a sua vida.

FONTE: JORNAL O MOSSOROENSE, (17/10/1872), EDIÇÃO DO DIA 29/08/10(DOM)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

CHIQUINHO GERMANO


Francisco Germano Filho – CHIQUINHO GERMANO, natural de Luís Gomes-RN, nascido a 16 de abril de 1930, além de ser um importantíssimo político no município de Rodolfo Fernandes e região, é também um Agropecuarista bem-sucedido. Exerce essa atividade rural desde 1958, quando a convite da sua avó materna, dona TEREZA MARIA DE QUEIROZ (16/06/1874 – 17/03/1971), viúva do coronel MARTINIANO JOSÉ DE QUEIROZ (16/07/1866 – 22/05/1943), foi auxiliá-la nas obrigações do campo, mas precisamente no Sítio Padre, à época encravado município de Iracema, atualmente no de Potiretama/CE, e Altos, município de Severiano Melo-RN. Seus pais, FRANCISCO GERMANO DA SILVEIRA – CHICO GERMANO e JACINTA QUEIROZ DA SILVEIRA, porém, com nove meses de nascido, foi adotado pela sua tia, dona MARIA AMÉLIA DE QUEIROZ, esta irmã de dona Jacinta Queiroz, casada com o desembargador JOSÉ FERNANDES VIEIRA, filho de MARCELINO VIEIRA DA COSTA. Como proprietário rural, possui seis propriedades rurais, com mais de 700 hectares de cajueiro, SÃO RAFAEL, em Rodolfo Fernandes, SÃO GABRIEL, em Potiretama-CE, BARREIROS, em Iracema-CE, CARNEIROS, em Luís Gomes, e ALTOS e NOVA DESCOBERTA, em Severiano Melo, são as fazendas onde CHIQUINHO GERMANO , dedica-se à atividade rural. Por ele considerada em total decadência, conforme sua entrevista concedida ao suplemento GAZETA RURAL, jornal GAZETA DO OESTE, do dia 29 de julho de 1998 – DOMINGO, cujos entrevistadores foras os jornalistas: JOAQUIM CRISPINIANO NETO (Santo Antônio do Salto da 0nça-RN, 22 de fevereiro de 1956) e FRANCISCO COSTA.
Em l958, dona TEREZINHA, sua avó, o designou para administrar suas fazendas, e ele administrou-a com garra, honestidade e com muita determinação passando a ser um grande criador de gado mixto e cultiva plantação de caju, feijão e algodão. Até o ano de 1998, era considerado como o maior criador de gado de nossa região, mas devido a grande seca daquele ano, teve que desfazer de boa parte de seu rebanho bovino, vendendo a preço de banana de uma só vez, mil cabeças de gado para um fazendeiro do Estado da Paraíba que as transportou em caminhões para o Estado do Maranhão. Essa venda se deu por causa da grande estiagem de 1993, considerada pelos meteorológicos e pesquisadores como a maior seca de todos os tempos na região nordestina. Naquele ano em nossa região não havia pastagem, nem água para os animais, e caso Chiquinho Germano não tivesse vendido parte de seu rebanho, com certeza, teria perdido totalmente sua criação de gado, com as mortes de todas as cabeças, devido a fome e sede dos animais.
As primeiras propriedades rurais de Chiquinho Germano foram as seguintes: Pintada e Gecém, herdadas dos seus pais. Em 1960, como grande proprietário da região oeste potiguar, foi cliente do Banco do Brasil, agência de Mossoró (Centro), onde permanece até hoje, 2005, com quase 76 anos de idade.
Veja a seguir a entrevista de Chiquinho concedida aos pesquisador JOTA MARIA, publicada no livro "CHIQUINHO GERMANO - A ÚLTIMA LIDERANÇA DOS ANOS 60 DO SERTÃO POTIGUAR, publicado em 2006.
Eis o teor:

ENTREVISTA COM FRANCISCO GERMANO FILHO - 2006

A PALAVRA DE CHIQUINHO GERMANO

“Poderei um dia mudar de partido, pois só os loucos têm idéias fixas”.

- Do autor e dos jornais Gazeta do Oeste e o de Fato, ambos editados na cidade de Mossoró.

O senhor herdou a votação política de sua família?

CHIQUINHO: Não. Apesar de meu avô de criação, Marcelino Vieira, pai de José Vieira, meu pai de criação, ter sido prefeito de Luís Gomes em cinco períodos. Meu tio de criação, João Batista Fernandes Vieira foi o primeiro prefeito do município de Marcelino Vieira, isso no ano de 1954. Meu tio, o coronel Antonio Germano, irmão de meu pai, foi grande líder político de Luís Gomes, como também fora prefeito por duas vezes. 0utro meu de nome João Germano também exerceu o cargo de prefeito de Luís Gomes. Enfim, meu pai foi prefeito de minha terra natal por duas vezes. Porém, esses políticos não chegaram a me influenciar, tendo em vista, eles exerceram suas políticas numa época que nem sequer eu era nascido, exceto de João Germano em 1937 e João Vieira, em 1954. Acho que cada um faz sua política da maneira que considerar melhor.

O senhor é o último dos coronéis do Rio Grande do Norte, liderança que durante décadas exerceram forte influência no sertão. Qual o motivo para a extinção dessa figura tão importante para a história política estadual e nacional?

CHIQUINHO: a liderança nunca deixa a política. É o povo que deixa a liderança. Novas lideranças surgiram nos últimos anos e acabaram com o domínio único até então existente.

O sr. está completando neste ano de 2006 46 anos de vida pública. Existe alguma diferença na forma de fazer política de hoje para o início de sua trajetória?

CHIQUINHO: Meu estilo é o mesmo de 46 anos atrás. Se existe outra forma de fazer política, eu não aplico. Time que está ganhando não deve sofrer mudança.

Naquela época havia mais fanatismo? 0s correligionários eram mais fiéis e radicais?

CHIQUINHO: Cada um tem seu caráter. Eu digo a mesma linha política de 46 anos atrás. Poderei um dia mudar, pois só os loucos têm idéias fixas. As lideranças de 1960, por exemplo, eram mais firmes e empenhadas. Mas sempre houve mudança partidária. Em relação ao radicalismo político, quanto menor a cidade, maior o radicalismo político, que vem diminuindo no Estado nos últimos anos.

Essa felicidade é o segredo para o sucesso de sua militância política? Afinal, o senhor coleciona apenas uma derrota ao longo desses 46 anos, que foi para o cacique político Aluízio Alves, em 1960.

CHIQUINHO: 0 povo de R. Fernandes, graças a Deus, tem me compreendido e eu compreendido o povo. Por isso, estou completando 46 anos de vida pública com muito sucesso.

Qual foi o início de sua vida pública?

CHIQUINHO: Participei da primeira eleição em 1960, na então vila de São José dos Gatos, atual cidade de Rodolfo Fernandes. Meu candidato era Djalma Marinho, apoiado pelo então governador Dinarte Mariz. Perdemos para Aluízio Alves, que foi a única derrota de meu grupo. Daí em diante não conheci mais nenhuma derrota majoritária.

Existe algum segredo para toda essa longevidade política do senhor?

CHIQUINHO: Não existe segredo. Mas a presença da liderança perto de seu povo é muito importante. Quando o homem do campo vai a cidade, geralmente aos sábados e domingos, sempre me encontra para recebe-lo e assisti-lo. Até mesmo para ouvir seus pedidos e propostas. Eu faço o que posso, mas se eu não puder fazer estou presente para pelo menos conversar. Hoje, geralmente, a maioria de nossas lideranças residem distante de suas bases, e quando chega nos finais de semana acha que o povo lhe cansa e deixa a cidade. Não podemos ficar ausente da população que nos elegeu.

Qual foi a eleição inesquecível para o senhor em R. Fernandes?

CHIQUINHO: Eu considero a de 1998, quando o então governador José Agripino venceu Garibaldi Alves em R. Fernandes. As minhas duas últimas eleições, as de 2000 e 2004, eu já esperava. Afinal, estava em jogo 41 anos de serviços prestados ao povo rodolfense. Na época enfrentei nas urnas o atual prefeito, na pessoa de Titico, meu ex-secretário por muitos anos, que estava com a máquina municipal e as mentiras dos meus velhos adversários políticos, como também, com total apoio do então governador do Estado, dr. Garibaldi Alves. A de 2004, estava mais tranqüilo, apesar que tive de enfrentar meu sobrinho, o ex-prefeito Silveira Neto, juntamente com o ex-prefeito Francisco Martins. Além de meus adversários do extinto MDB e atual PMDB. Mas mesmo assim foi uma eleição inesquecível. Em 1988, todo mundo dizia que Garibaldi Alves venceria em R. Fernandes. Mesmo assim, permaneci com o senador José Agripino e fomos vitoriosos neste município com uma maioria de 236 votos. Fui vaiado, agredido. Jogaram cachaça em mim durante um comício, pressões de todos os lados. Fui proibido de entrar nas seções durante a votação, minha casa foi revistada. 0 importante é que o povo continuou comigo e terminamos como vencedores.

Isso foi uma prova de que a liderança do senhor se manteve intacta, apesar da estrutura do governo do Estado a favor do seu adversário?

CHIQUINHO: Pois é. Em 2000, quando meus adversários disseram ao governador Garibaldi Alves que uma adutora solucionaria a carência d’água nesta cidade, foi da mesma forma. A adutora chegou, mas a vitória não.

O senhor foi eleito prefeito em R. Fernandes em 1963. Quais as principais mudanças no processo de gestão pública dos últimos 46 anos?

CHIQUINHO: Uma coisa que gostei foi a criação da LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL. Antes, havia muitos pedidos. A maioria impossível de ser atendida. Com a lei as despesas foram delimitadas, e a gente sabe melhor o que pode e o que não pode gastar. Hoje em dia é mais fácil de administrar do que na década de 60.

Qual foi a reação do senhor quando em 2003 recebeu a visita dos fiscais da CGU que fiscalizaram os recursos federais enviados para Rodolfo Fernandes no período de 2002 a 2003?

CHIQUINHO: Todos os procedimentos para receber os fiscais da CGU foram adotados por mim e pela minha equipe administrativa. Tanto o prefeito como todo pessoal da prefeitura que fazia e ainda faz parte de minha administração estavam preparados para oferecer suporte licitamente para os investigadores da União conseguissem realizar seu trabalho dentro do prazo previsto, os quais comprovaram no relatório final que todos os recursos federais recebidos pela municipalidade foram aplicados legalmente.

Qual foi a sua maior prioridade como prefeito de Rodolfo Fernandes?

CHIQUINHO Não existiu apenas uma, duas ou três prioridades nas minhas 5 administrações, e sim, procurei algo de bom em todas as áreas.

É público notório que o senhor sempre teve uma grande preocupação com as questões da criança de seu município. Como estão sendo executadas as questões delas?

CHIQUINHO: Rodolfo Fernandes foi um dos primeiros municípios potiguares a ter o seu Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente, criado em minha terceira administração. Ma não é somente isso. Tenho o maior carinho pelas crianças deste município, principalmente aquelas mais carentes. Elas e seus pais são testemunhas do meu grande amor. Considero todas elas como minhas queridas e amadas filhas.

Como está andando os programas sociais voltados para os idosos desta cidade?

CHIQUINHO 0s programas sociais voltados para os idosos rodolfenses vem caminhando muito bem. Criamos o carnaval do idoso e o forró do idoso. Semanalmente eles se encontram, onde se divertem-se e sentir-se jovem e vivos. Aqui em Rodolfo Fernandes o idoso tem vez o ano todo, com total assistência médica e lazer. Participa de festas e caminhadas. Todas as terças e quartas-feiras, mais de cem idosos da zona urbana e rural se reúnem em um prédio da municipalidade para receber atenção médica, educação, palestras educativas, e ainda formam um grupo de orações e participam do tradicional arrasta-pé. Além de todo esse apoio, os idosos ainda participam do Projeto “Caminhando e Vivendo Passo a Passo”. 0 projeto foi criado por mim em 2001 e visa melhorar a qualidade de vida das pessoas da terceira idade, com caminhada e aula de ginástica.

Qual foi seu pior adversário político?

CHIQUINHO: Não digo o pior adversário e sim, o mais complicado, não por sua inteligência, e sim, pela sua burrice política, estou me referindo a pessa de Itamar. Falo assim, haja vista que no período em que eu tinha ele como adversário político, minha votação só fazia crescer, enquanto a dele só fazia diminuir. Portanto, Itamar foi e não foi meu pior adversário. Imagine se ele ainda fosse o meu opositor. Minha votação estaria cada vez maior. 0 erro de Itamar é de falar demais.

Chiquinho fale um pouco a respeito do resgate da cidadania em seu município?

CHIQUINHO: Bolacha e água, Esse era o lanche das crianças nas creches em R. Fernandes antes de minha quarta administração. Mais do que um desrespeito com a infância de centenas de crianças, um ato de desesperança para com o futuro do município. Em janeiro de 2001, em minha quarta administração o quadro mudou, as quase 500 crianças matriculadas nas 5 creches municipais tiveram, todos os dias, lanche às 8 horas, com multimistura, cachorro-quente, suco, biscoito e até iogurte; e almoço às 11 horas. Nas escolas municipais a merenda escolar ganhou vitaminas e proteínas, com cardápio orientado por nutricionista e distribuição regular para todas as unidades, tanto na zona urbana, como na zona rural deste município.

Chiquinho quais foram os investimentos em prol da saúde pública neste município?

CHIQUINHO: Durante os últimos 6 anos o atendimento médico e odontológico em meu município destacou como um dos mais eficiente no RGN. 0 quadro encontrado em janeiro de 2001 era de um Hospital completamente sucateado, sem remédios, com o centro cirúrgico fechado pela Covisa e a ambulância devolvida pelo ex-prefeito ao governo do Estado. A desmotivação entre os funcionários era completa, até a equipe da Família, que existia desde 1998, ainda não havia feito uma única visita domiciliar. Tudo isto ficou para trás. Bastou aplicar os recursos existentes com a sociedade e sensibilidade exigida pela estrutura de saúde. Dois médicos, dois bioquímicos e um enfermeiro foram contratados, a equipe do PSP substituída e o Programa Dentista da Família implantado. Equipamentos novos foram comprados e remédios não faltaram. Quando se fez necessário, os pacientes foram encaminhados para médicos especialistas.

Chiquinho como anda a sua credibilidade junto ao funcionalismo público municipal?

CHIQUINHO: Um dos primeiros atos em minha quarta administração foi de mandar para a Câmara Municipal o Projeto de Lei que garante a todos os funcionários o salário mínimo, acabando de vez com o tal salário hora praticado ainda em diversos municípios potiguares. A Prefeitura de Rodolfo Fernandes resgatou ainda a pratica do pagamento dos salários dentro do mês trabalhado. Portanto, o ano de 2001 foi muito bom para os funcionários. Na administração anterior eles viviam na incerteza para receber seus salários. Nunca sabia quando ia receber o pagamento, e muito menos se iria receber o pagamento.

Chiquinho fale um pouco a respeito dos programas sociais em Rodolfo Fernandes?

CHIQUINHO: Jota Maria você na condição de um grande conhecedor das coisas desta cidade deve saber que em 2001 foi de reorganização nas ações deste município, tendo sido uma das primeiras cidades a implantar o Programa Bolsa Escola na região 0este, beneficiando na época mais de 580 estudantes da rede pública. Foi ainda o 3º município potiguar a entregar o Termo de Adesão ao Cartão SUS. Implantou ainda o PETI-Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil, com 100 bolsas na área Rural. Implementou as ações do Programa de Incentivo ao Combate as carências Nutricionistas, junto à crianças, gestantes e nuturezas. Matriculou cerca de 300 rodolfenses no Programa de Alfabetização Solidária, ministrado pela UFRN, possibilitando assim de muita gente realizar o sonho de aprender a ler e escrever.

Chiquinho fale a respeito da participação dos Conselhos?

CHIQUINHO: Em Rodolfo Fernandes estão em pleno funcionamento e contribuindo para o dia-a-dia da administração pública, os Conselhos de Saúde; da Assistência Social; dos Direitos da Criança e do Adolescente; do Programa Bolsa-Escola; de Alimentação Escolar; de Desenvolvimento Rural Sustentável; e de Acompanhamento e Controle do Fundec.

Seu Chiquinho fale sobre a limpeza pública?

CHIQUINHO: Quando assumiu a prefeitura em 2001, criei a Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana, que teve como primeiro secretário a pessoa de meu sobrinho Placinho, e atualmente comandada por Pepeta. Essa secretaria foi criada com o objetivo de combater os problemas estruturais existentes na área urbana do município. Fez mais do que isso, logo no primeiro ano recebeu o total reconhecimento popular pelo trabalho executado. Na época foi realizada uma pesquisa em diversas ruas, e a população deu os seguintes índices de aprovação para os itens desta área: coleta de lixo – 87%, limpeza pública de esgotos – 92%, jardinagem e paisagismo – 68%, limpeza do matadouro – 84%, lavanderia – 77%, limpeza das escolas – 87%.

Chiquinho quem vai ser o seu sucessor na prefeitura e na política rodolfense?

CHIQUINHO: Ainda é muito cedo para dizer quem será meu sucessor. Temos bons nomes, como por exemplo: Jacinta, Victor, Juarez, Enoque, Berguinho e tantos outros.

Depois do encerramento de seu 5º mandato o senhor vai deixar a política?

CHIQUINHO: Ninguém é capaz de deixar a política, e sim, é o povo que abandona o político. Não vou deixar a política, e com certeza, os rodolfenses jamais me abandonará. Somente a morte fará com que esse casamento bem-sucedido do político Chiquinho Germano com o eleitorado de Rodolfo Fernandes venha terminar. Mas devido a minha idade atualmente bem avançada, graças meu Bom Deus, pois ser velho é uma benção de Deus, talvez não possa mais disputar uma nova eleição, daí quero que Jacinta venha ser eleita e reeleita.

Se o senador José Agripino e a atual governadora Vilma Faria forem candidatos do Estado neste ano de 2006, quem o senhor apoiará?

CHIQUINHO: Primeiro espero que José Agripino venha ser candidato a vice-presidente da República. Porém, hoje, meu compromisso político é com a governadora Vilma de Faria, pelo o que ela já realizou em Rodolfo Fernandes, como também pelo que encontra-se projetado para esta cidade, como por exemplo: calçamento de várias ruas, entre elas a Cazuza de Melo e a construção de setenta casas populares.

O senhor é contra ou a favor da verticalização?

CHIQUINHO: Sou totalmente contra.

O senhor é contra ou a favor a essa possível aliança do senador José Agripino com Garibaldi Alves?

CHIQUINHO: Sou contra.

O senhor sendo do PFL e sendo contra a união entre o PFL e PMDB não teme ser expulso do partido, principalmente, em apoiar categoricamente o projeto de reeleição da governadora Vilma de Faria do PSB?

CHIQUINHO: Não preciso temer nada. O PFL jamais cometerá esse erro.

Estamos a 13/3/2006 e as indefinações no que se refere as candidaturas majoritárias para o pleito eleitoral de 1/10/2006, tanto no setor federal, como no estadual, se não vejamos: Para Presidente da República não temos nenhum pré-candidato, nem mesmo à reeleição de Lula está totalmente certa, haja vista que o mesmo encontra-se indeciso, apenas o PT o lançou à reeleição. No PSDB é uma polêmica geral entre Geraldo Alcrmin, governador de São Paulo e José Serra, prefeito de São Paulo. No PMDB acontece a mesma coisa. O partido tem dois candidatos: Germano Rigotto, ex-governador gaúcho e Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro. Já no âmbito estadual nada está definido, podemos ter três candidatos ao governo do Estado: Wilma de Faria, candidata natural, Garibaldi Alves e José Agripino ou Rosalba Ciarline. Para o senado temos muitos possíveis candidatos, assim vejamos: Fernando Bezerra que disputa à reeleição; Geraldo Melo, que tenta seu retorno ao Senado; Ney Lopes, que depois de seu 6º mandato como deputado federal se acha na condição de ser senador; Rosalba Ciarline, ex-prefeita de Mossoró em três mandatos quer ser a primeira potiguar a ser senadora; além de Robinson de Farias. Portanto, Chiquinho, o que eu quero saber do senhor - quais são seus candidatos para o próximo pleito eleitoral?

CHIQUINHO: Meus candidatos para 2006 são os seguintes: Para Presidente votarei no candidato em que tiver como companheiro de chapa o senador José Agripino Maia, que poderá ser Geraldo Alcrmin ou José Serra. Para governador estou firmemente com Wilma de Faria. Para o Senado votarei no Senador Fernando Bezerra. Para de deputado federal continuarei com Betinho Rosado. Já para a Assembléia Legislativa não votarei mais em Adécio e estou com Raimundo Fernandes.

O senhor é prefeito pela 5ª vez, sempre eleito pelo voto direito do povo. Qual seria o segredo desta história de sucesso eleitoral?

CHIQUINHO: Desde que cheguei em Rodolfo Fernandes, em 1959, tenho pautado minha relação com sua população pela amizade, honradez e seriedade. Fui eleito em 1963 o primeiro prefeito constitucional do recém-emancipado município, e entro neste novo milênio, 42 anos depois, novamente prefeito eleito por seu povo. Se existe um segredo, é o de encarar a vida pública com uma postura de respeito para com aqueles que confiam no meu trabalho e acreditaram na minha palavra. Foi essa forma que nessas últimas 4 décadas, jamais um candidato a presidente da República, governador, senador ou prefeito, que teve meu apoio, perdeu uma eleição em Rodolfo Fernandes.

Seu Chiquinho em relação aos quatro mandatos anteriores, será mais fácil ou mais difícil administrar o município de R. Fernandes?

CHIQUINHO: É cedo para afirmar se será mais fácil ou mais difícil do que nas vezes anteriores. Em cada período enfrentamos realidades, tanto conjunturais, quanto sociais e financeiros. A própria estrutura administrativa do poder municipal mudou com o passar dos tempos, bem como a mentalidade da população, cada dia mais consciente de seu papel de fiscalizador e co-participante das atitudes e obrigações do poder público. E essa talvez seja a maior das diferenças em relação aos meus quatro mandatos anteriores. Acho que a participação da sociedade, atuando principalmente nos conselhos exigidos por lei (Social, do Fundec, da Saúde, etc.), será um fator exatamente positiva para dar credibilidade e transparência à filosofia administrativa que pretendemos implantar no município.

Existe uma dependência enorme dos municípios em relação aos recursos estadual e federal. Sem eles, é quase impossível se pensar em realizar obras significativas. 0 que o prefeito pode fazer além de andar com o pires na mão?

CHIQUINHO: Em primeiro lugar, aumentar o número de pires. Um é pouco. Além disso, é preciso que as equipes administrativas tenham agilidade, conhecimento e vontade para conhecer e dialogar com as mais diversas fontes de recursos que este mundo globalidade oferece. Não é fácil receber investimento, sejam eles da esfera privada, mas é possível exercer o cargo público a que nos foi confiado, de forma competente e eficaz. Se assim atuamos, é provável que um município como Rodolfo Fernandes venha realizar parcerias e convênios sérios e legais com os mais diversos órgãos e instituições, trazendo investimentos, trabalho e dignidade para os seus cidadãos, e desenvolvimento para a sua cidade.

Como o senhor se sente sendo o único potiguar com 5 mandatos de prefeito?

CHIQUINHO: é com muita honra e satisfação que pela quinta vez conduzo com muito amor, carinho, dignidade e honestidade os destinos do povo rodolfense, do qual, com certeza acho que venho obedecendo aos princípios da Lei da Responsabilidade Fiscal. Como já dizia Rui Barbosa: “a disciplina é o domínio da lei sobre as vontades”, e atualmente com essa lei, tenho procurado dinamizar minha administração relacionando o poder e o que não pode ser feito.

Estamos no início de 2006, Qual é a mensagem que o senhor deixa para os rodolfenses?

CHIQUINHO: Que o restante de 2006, como os próximos anos sejam de muitas realizações e de menos dificuldades em todos os sentidos de nosso querido povo rodolfense, que a considero como todos sendo meus queridos filhos, que todos consigam aquilo que desejam. Conforme sabemos que todos nós temos um lugar ao sol e esse lugar depende do esforço e capacidade de cada um. Todos os rodolfenses têm essa capacidade de vencer, de lutar, de trabalhar e eu espero que as esperanças que estão no coração de cada rodolfense sejam multiplicadas.

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